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domingo, 2 de agosto de 2009

Entrevista de Jesualdo a "O JOGO"

Algum reforço o tem impressionado em particular?

O problema de uma análise desse tipo é que alguns dos reforços ainda não tiveram nem tempo, nem espaço para os podermos analisar com algum critério e rigor. Quando referia que nos preocupamos com a forma como avaliamos os jogadores, e também com a forma como os expomos à avaliação exterior, não posso fazer uma análise com segurança. Sinto que todos os reforços que chegaram têm condições para virem a ser aquilo que espero deles. Isso é seguro.

Há um ano, ainda muito cedo na temporada, disse que a equipa seria mais forte que a anterior. Pode dizer o mesmo desta?

Na altura, disse que a equipa seria diferente, que seria mais forte por ser mais potente do que a anterior e acredito que isso mesmo ficou confirmado ao longo da temporada. Creio que essa potência existe neste plantel, na mesma, mas é preciso encontrar alinhamentos tácticos que aproveitem as qualidades dos jogadores que estão cá. O FC Porto perdeu o Cissokho, o Lucho e o Lisandro, que foram fundamentais na última época, mas há um ano também tínhamos perdido o Bosingwa, o Quaresma e o Paulo Assunção. E agora, tal como aconteceu há um ano, teremos de encontrar as melhores soluções tácticas para podermos ser ainda mais fortes.

A Peace Cup não foi uma exigência excessiva quando falta uma semana para a Supertaça?

Seria se não tivéssemos tido o cuidado de fazer um grande trabalho de rotação. De resto, é importante perceber porque é que alguns jogadores jogaram mais do que os outros - porque foram os que mais trabalharam desde o arranque. Depois, as entradas progressivas do Raul Meireles, do Bruno Alves, do Rodríguez, do Fucile e do Guarín ajudaram a equipa a crescer, porque estes elementos conhecem o nosso processo, o nosso modelo de jogo e foram muito úteis para acelerar a integração dos restantes. É assim que se consegue que o Álvaro Pereira esteja a jogar, que o Maicon esteja a jogar e que o Belluschi e o Varela estejam a jogar. De resto, nessa fase inicial do trabalho, houve muitas alturas em que a menor capacidade física foi compensada pela maior identificação de alguns jogadores com aquilo que é o processo do FC Porto. Este não foi um trabalho fácil, mas o facto é que, considerando os jogadores que chegaram lesionados, conseguimos excelentes resultados com um grupo relativamente reduzido.

Foi uma decepção falhar a final?

Queríamos ir à final, fizemos tudo para lá chegar, mas também reconheço que iria colocar uma carga pesada na semana que antecede a Supertaça. Por outro lado, também é verdade que um bom resultado, na final, poderia ter efeitos ao nível anímico que compensassem o desgaste provocado pelo prolongamento da estadia aqui. Compete-nos agora reequilibrar os processos desgastantes que existiram e potenciar o conjunto de jogadores que estão numa fase mais atrasada do processo de integração.

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