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domingo, 6 de setembro de 2009

Contas "complicadas"

A Selecção Nacional foi incapaz de conseguir o resultado pretendido para o confronto com a seleção dinamarquesa esta noite, em Copenhaga. Mais que isso, esteve muito perto de deitar tudo por terra, sendo que o 1-0 favorável à Dinamarca permaneceu até cinco minutos do fim do jogo, altura em que o mais recente membro da equipa portuguesa, o naturalizado Liedson, salvou as contas de Portugal com um golo de cabeça.
Os portugueses entraram muito fortes na partida, com Carlos Queiroz a pôr em prática o esperado 4-4-2 em substituição do anterior 4-3-3, de maneira a dar mais liberdade a Cristiano Ronaldo para intervir nos lances de ataque. Esta decisão provou-se mesmo bastante favorável para a equipa, com a selecção a conseguir um total de quinze remates apenas na primeira parte, e a dominar a partida durante esse mesmo período. Ainda assim, a fraca capacidade da equipa das quinas em converter as oportunidades de que dispôs acabou por tornar todos os remates ou em desperdícios, ou em defesas do guarda-redes da Dinamarca. E como em futebol ainda prevalece a velha máxima de "quem não marca, sofre", num golpe de frieza a equipa dinamarquesa, por intermédio de Bendtner, chega ao golo com o relógio a marcar os 41 minutos de jogo, naquele que seria o único remate da Dinamarca direccionado à baliza. O avançado do Arsenal foi assim melhor do que qualquer outro jogador português, entre eles Simão Sabrosa e Cristiano Ronaldo, na maior parte das vezes incapazes de direccionar os remates à baliza e para o fundo das redes. Estava feito o primeiro golo dos nórdicos e os cerca de 200 portugueses presentes silenciaram-se, engolidos pela euforia dos 40 mil adeptos da casa.
Ao intervalo, Carlos Queiroz decidiu voltar ao 4-3-3 característico da selecção, deixando Tiago nos balneários, fazendo entrar o avançado Liedson. Com a mudança táctica a equipa alargou-se no terreno e perdeu posse de bola e qualidade de jogo. Com os portugueses dispersos, a Dinamarca aproveitou e dominou durante cerca de 10 minutos a partida, tendo inclusivamente estado perto de dilatar a vantagem conseguida na primeira metade. A selecção das quinas, nervosa e pressionada pelo tempo, não conseguia achar clarividência para realizar jogadas de perigo deixando o jogo no domínio dos dinamarqueses.Nesta parte do jogo, notava-se que após a saída de Tiago, o meio campo luso perdera bastante consistência.

Depois de uma grande primeira parte (se excluirmos o factor finalização) o tempo passava cada vez mais depressa sem que Portugal conseguisse fazer jogadas que não acabassem nas mãos de Andersen ou aliviadas pela defensiva dinamarquesa. Porém, já a jogar com o coração e depois de vários ataques em vão, Liedson, na sequência de um canto, consegue colocar a bola dentro da baliza contrária. Estava reposta a mais que justa igualdade que Portugal procurara a todo o custo no decurso da 2ª metade. Até ao final da partida, os portugueses procuraram determinadamente a vitória, contudo as suas tentativas sairam frustradas e o empate foi o máximo que conseguiram arrancar de Copenhaga.

Com este resultado, obviamente negativo tendo em conta as pretensões lusas, Portugal está praticamente fora do Mundial 2010 e só uma conjugação feliz de vários factores poderá inverter essa situação.

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