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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Porto na "Champions"

Os campeões nacionais jogam mais logo o primeiro jogo da nova temporada na Liga Milionária, com os ingleses do Chelsea, este ano treinados pelo italiano Carlo Ancelotti.

Sendo, pela primeira vez desde à quase 5 anos, o único representante português na Liga dos Campeões, o Porto tem um jogo muito difícil em Stanford Bridge. A juntar ao facto de nunca ter ganho em Inglaterra (os melhores resultados foram todos contra o Manchester United, todos empates), os tetracampeões nacionais só por uma vez neste século XXI ganharam o primeiro jogo da "Champions" e foi apenas o ano passado:vitória em casa contra o Fenerbahce da Turquia por 3-1.

A boa notícia pode ser que o Chelsea vai estar "desfalcado" de algumas das suas estrelas, nomeadamente Drogba e Bosingwa (castigados desde a passada edição da Liga dos Campeões), juntando-se aos lesionados Joe Cole e Paulo Ferreira. Carlo Ancelotti, treinador do Chelsea e ex-treinador do AC Millan, veio dizer que esta equipa do Porto é, a parte do Chelsea, o melhor do grupo e será nos jogos contra os azuis-e-brancos que a passagem aos oitavos-de-final; referiu também que as baixas são importantes e que vai ter que ir "preencher" as lacunas com jogadores das camadas jovens do clube.

No outro lado temos o Porto, terceiro classificado da Liga Portuguesa, mas com os mesmo pontos que o segundo (Benfica) e menos dois que o líder isolado (o Braga); Jesualdo já veio dizer que espera um bom jogo mais logo, e que "algum dia tem de ganhar" em Inglaterra; esperemos que seja hoje.

O jogo será transmitido na RTP quando faltar um quarto para as 8 da noite.

domingo, 13 de setembro de 2009

Porto lider à condição

Os dragões venceram ontem à noite o seu "derby" citadino, contra o Leixões de José Mota, por uns claros 4-1! Num jogo onde o resultado foi "feito" inteiramente na primeira parte, o Porto mostrou estar num grande momento de forma e, quem sabe, pronto para o embate de terça-feira para a Liga dos Campeões.

Com o jogo da época passada aínda presente na memória dos portistas, Jesualdo decidiu apostar numa equipa mais atacante que podesse afastar o desaire que aconteceu à sensivelmente um ano, mas foram os homens de Matosinhos os primeiros a criar perigo, num remate logo no 1º minuto de jogo, que obrigou Helton a uma defesa para canto. O Porto soube responder e criou perigo com jogadas de Hulk e Raúl Meireles.

A equipa de Jesualdo Ferreira começou então a empurrar o adversário para o seu meio-campo, praticando um futebol rápido com destaque para o seu lado esquerdo com Álvaro Pereira a realizar uma boa exibição. A equipa de José Mota sentia bastantes dificuldades quando se via empurrada para a sua área, com a sua defensiva a apresentar-se bastante nervosa.
Aos 20 minutos a equipa portista chega ao primeiro golo apontado por Varela, depois de uma jogada simples e eficaz. Álvaro Pereira surge do lado esquerdo, e cruzou atrasado para a marca de grande penalidade onde surgiu Varela para rematar de primeira para a baliza do Leixões. Ainda algumas pessoas festejavam a vantagem e o FC Porto dispunha de nova oportunidade para marcar, depois do árbitro da partida castigar uma falta de Laranjeiro sobre Álvaro Pereira já dentro da área. Hulk chamado à conversão não falhou e colocava o 2-0 no marcador.


O Leixões não conseguia reagir e a equipa começou a mostrar alguns sinais de desorientação, e o FC Porto ia-se aproveitando disso da melhor forma possível. Aos 33 minutos chega o terceiro golo por intermédio de Rolando, que depois de mais uma jogada de Álvaro Pereira pelofalcao lado esquerdo onde passa por toda a gente e cruza para o segundo poste onde surge o internacional português a encostar. O jogo era um autêntico pesadelo para os jogadores de José Mota, e pior se tornou quando aos 42 minutos Falcao fez o quarto golo portista. Hulk aproveita da melhor forma uma perda de bola de Benitez, passa para Falcao que à segunda tentativa coloca a bola no fundo da baliza de Diego.


As duas equipas para foram para intervalo com estados de espírito diferentes, onde o FC Porto tinha uma oportunidade de descansar a equipa e pensar desde logo no embate frente ao Chelsea para a Champions League, e o Leixões que quereria na segunda parte apagar a má imagem deixada em campo nos primeiros 45 minutos.


E assim para a segunda parte o técnico Jesualdo Ferreira deixou nos balneários aquele que foi o seu melhor jogador em campo, entrando para o seu lugar Tomás Costa.
O jogo disputava-se claramente num ritmo inferior ao da primeira parte, sendo claro que o FC Porto fazia uma gestão do jogo tendo em vista a jornada europeia que se avizinha. Mas apesar do ritmo mais lento, era o FC Porto a única equipa a conseguir chegar à baliza adversária e Hulk, Falcao e Varela, sempre ajudados por Valeri que entretanto entrou para o lugar de Raúl Meireles, criavam jogadas de algum perigo para a baliza de Diego.


Aos 76 minutos a equipa de Matosinhos consegue reduzir na sequência de um pontapé de canto, onde Couga salta sem marcação e bate Hélton pela primeira vez. A equipa matosinhense aproveitava assim alguma falta de concentração na equipa do FC Porto, que com a vantagem conseguida na primeira parte, começou a pensar no próximo jogo antes de terminar o que estava a disputar.


O jogo entretanto chegava ao fim com uma vitória justa do FC Porto, muito pela superioridade demonstrada na primeira parte, o que lhe permitiu gerir por completo o encontro na segunda parte.

 


Esta vitória pode ser importante porque antecede a importante deslocação a Londres para defrontar o Chelsea na primeira jornada da fase de grupos da Champions League.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Hulk e a selecção portuguesa

A selecção portuguesa pode passar a ter mais um candidato se, do outro lado do Atlântico, alguém se esquecer de realizar o sonho de Hulk. Na verdade, o brasileiro pegou no assunto com pinças, mas é um facto que admitiu a possibilidade de se propor a representar Portugal se não lhe realizarem o sonho de jogar com a camisola canarinha. "Como sempre falei desde que cheguei cá, sempre carreguei o sonho de jogar pelo Brasil e, se lá chegar, vai ser um sonho realizado, mas só depende de trabalhar forte e esperar pela oportunidade e aproveitar se ela surgir", confessou. Pois é, mas, se isso não acontecer, Portugal pode ver-se contemplado com um potencial candidato. "É difícil falar agora. Como já disse, o meu sonho é jogar na selecção brasileira, mas nunca se sabe o dia de amanhã. Tenho 23 anos e muito tempo pela frente, e espero ainda realizar o meu sonho", frisou. Primeiro foi Deco, depois vieram Pepe e, mais recentemente, Liedson - os três viram o seu sonho desfeito, e quem aproveitou foi Portugal..."in O Jogo"

domingo, 6 de setembro de 2009

Contas "complicadas"

A Selecção Nacional foi incapaz de conseguir o resultado pretendido para o confronto com a seleção dinamarquesa esta noite, em Copenhaga. Mais que isso, esteve muito perto de deitar tudo por terra, sendo que o 1-0 favorável à Dinamarca permaneceu até cinco minutos do fim do jogo, altura em que o mais recente membro da equipa portuguesa, o naturalizado Liedson, salvou as contas de Portugal com um golo de cabeça.
Os portugueses entraram muito fortes na partida, com Carlos Queiroz a pôr em prática o esperado 4-4-2 em substituição do anterior 4-3-3, de maneira a dar mais liberdade a Cristiano Ronaldo para intervir nos lances de ataque. Esta decisão provou-se mesmo bastante favorável para a equipa, com a selecção a conseguir um total de quinze remates apenas na primeira parte, e a dominar a partida durante esse mesmo período. Ainda assim, a fraca capacidade da equipa das quinas em converter as oportunidades de que dispôs acabou por tornar todos os remates ou em desperdícios, ou em defesas do guarda-redes da Dinamarca. E como em futebol ainda prevalece a velha máxima de "quem não marca, sofre", num golpe de frieza a equipa dinamarquesa, por intermédio de Bendtner, chega ao golo com o relógio a marcar os 41 minutos de jogo, naquele que seria o único remate da Dinamarca direccionado à baliza. O avançado do Arsenal foi assim melhor do que qualquer outro jogador português, entre eles Simão Sabrosa e Cristiano Ronaldo, na maior parte das vezes incapazes de direccionar os remates à baliza e para o fundo das redes. Estava feito o primeiro golo dos nórdicos e os cerca de 200 portugueses presentes silenciaram-se, engolidos pela euforia dos 40 mil adeptos da casa.
Ao intervalo, Carlos Queiroz decidiu voltar ao 4-3-3 característico da selecção, deixando Tiago nos balneários, fazendo entrar o avançado Liedson. Com a mudança táctica a equipa alargou-se no terreno e perdeu posse de bola e qualidade de jogo. Com os portugueses dispersos, a Dinamarca aproveitou e dominou durante cerca de 10 minutos a partida, tendo inclusivamente estado perto de dilatar a vantagem conseguida na primeira metade. A selecção das quinas, nervosa e pressionada pelo tempo, não conseguia achar clarividência para realizar jogadas de perigo deixando o jogo no domínio dos dinamarqueses.Nesta parte do jogo, notava-se que após a saída de Tiago, o meio campo luso perdera bastante consistência.

Depois de uma grande primeira parte (se excluirmos o factor finalização) o tempo passava cada vez mais depressa sem que Portugal conseguisse fazer jogadas que não acabassem nas mãos de Andersen ou aliviadas pela defensiva dinamarquesa. Porém, já a jogar com o coração e depois de vários ataques em vão, Liedson, na sequência de um canto, consegue colocar a bola dentro da baliza contrária. Estava reposta a mais que justa igualdade que Portugal procurara a todo o custo no decurso da 2ª metade. Até ao final da partida, os portugueses procuraram determinadamente a vitória, contudo as suas tentativas sairam frustradas e o empate foi o máximo que conseguiram arrancar de Copenhaga.

Com este resultado, obviamente negativo tendo em conta as pretensões lusas, Portugal está praticamente fora do Mundial 2010 e só uma conjugação feliz de vários factores poderá inverter essa situação.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009


Falcao é o reforço com o arranque mais eficaz no FC Porto das últimas décadas. Nem mesmo Jardel - o maior goleador dos últimos tempos que o futebol português conheceu - conseguiu marcar três golos nas três primeiras jornadas do campeonato. Os últimos portistas a consegui-lo foram McCarthy (2003/04) e Domingos (1995/96), mas nenhum estava em ano de estreia no clube. O feito de Falcao assume assim outra dimensão.

O avançado contratado ao River Plate, a quem o FC Porto pagou 3,9 milhões de euros por 60 por cento do passe, chegou para substituir Lisandro e tem revelado uma produtividade bem superior à do argentino. Licha marcou o primeiro golo apenas na sexta jornada da época de estreia. A adaptação do colombiano, que actua pela primeira vez na Europa, foi meteórica, assim como a sua afirmação na equipa. Contudo, a comparação entre os dois avançados foi rejeitada por Jesualdo Ferreira, que fez questão de lembrar que, quando chegou ao FC Porto, Lisandro "ainda procurava um rumo", enquanto Falcao é "claramente um ponta-de-lança específico", que não mostra cerimónia na hora de finalizar: marcou ao Paços de cabeça, ao Nacional de grande penalidade, e à Naval com o pé direito.

McCarthy fez o mesmo no ano do título europeu, facturando diante do Braga, do Estrela da Amadora e do Sporting nas primeiras rondas da temporada, mas só voltaria a festejar na 11ª jornada. Mesmo assim, seria o artilheiro da prova, com 20 golos. Domingos bisou na abertura do campeonato de 1995/96, ficou em branco no jogo seguinte e voltou a marcar na terceira jornada. Tal como o sul-africano, o actual técnico do Braga também foi o rei dos marcadores, com 25 golos. Sem dúvida um excelente prenúncio para o colombiano do FC Porto.

Fonte: O Jogo